quinta-feira, 16 de outubro de 2014

We are beautifull




Olha a gira da Jéssica. Além de gira tem carácter, garra e uma grande personalidade. Depois de todo o tumulto que aconteceu não à como virar a cara ao assunto Mulheres. Depois de ler o texto da Jessica percebo que o bulling não termina na infância, nem na adolescência, prolonga-se para a vida adulta e qualquer dia também descobrimos que continua na velhice.
Como já disse, aqui algures, trabalho diariamente com mulheres, com as que nos procuram para conquistar um pouco mais, e com as mulheres que me ajudam a colocar outras ainda mais para cima. Nos entretantos, oiço estórias de vida, ou estórias de corpo, estórias de plásticas, estórias do que foram e do que agora são, ou do que querem vir a ser, dilemas das peças de roupa que não ficam bem e das que vão ficar lindamente com um soutien sem costas (não se iludam, essa peça não existe). Por vezes a tarefa parece impossível, mas no final a maior parte sai de sorriso no rosto e isso é gratificante, dá-nos outra paz, a sensação de desafio ultrapassado.

Vivemos em constante sobressalto, ou porque a vida não nos corre bem, ou porque o vestido não assenta bem. Vejo em mim esses sintomas, procuro cada vez mais a perfeição, e no final, acho que cada vez estou menos perfeita, cada vez analiso mais, o meu corpo, a minha roupa, a minha maquilhagem, o meu cabelo, até as minhas cutículas tem algo de errado. E as outras? Quando vemos alguém com pior aspecto que nós, a língua afia-se, afia-se e ataca, por vezes inconscientemente, a maior parte das vezes, na realidade, principalmente para quem está perto de nós. E isso dói, dói porque feri, dói porque somos más para nós mesmas, dói porque vemos na critica as mesmas criticas que nos são dirigidas. É um sentimento horrível, e por isso, CHEGA! Chega de nos atacarmos, de nos mutilarmos.
Outra pessoa que costuma escrever sobre este tema, esta falta de amor próprio é a CCstylebook, as palavras deste texto descrevem bem a tal "língua afiada", descreve os dias loucos e as clientes loucas que nos aparecem pela frente, cada uma com melhor auto-estima que outra, vale a pena dar uma espreitadela (e ela agradece).

Para concluir, não achava a Jessica Athayde nada de especial, engraçadinha vá, mas agora sou sua fã. Mais, sou fã do movimento  #SheForShe, e prometo continuar a lutar por essa causa no meu trabalho, com as pessoas à minha volta e principalmente comigo mesma. E já diziam: "Se eu não gostar de mim, quem gostará!"

Have fun,

M

2 comentários:

  1. Sou feminista desde que me lembro de ser gente. Ainda era criança, já tinha atitudes e pensamentos feministas sem o saber. Venho de uma linhagem de mulheres com garra e inteligentes. Sempre fui muito segura de mim, e sempre respeitei as outras mulheres pelo que elas são, e nunca me deixei pressionar pela sociedade. Sempre fui feliz e sei que enquanto eu for assim, e pensar assim, vou continuar a ser feliz. Também sigo o movimento #Sheforshe. Tenho orgulho em ser mulher, e sempre considerei as outras mulheres como aliadas e não como inimigas. Espero que muitas mais sigam o nosso, o teu exemplo :)
    Bom fim de semana
    http://coeurdartichautbyannabelle.blogspot.pt

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